As diversas
culturas e relações de domínio e poder.
A
historia humana sempre foi marcada por contatos e conflitos entre os diferentes
modos de se organizar socialmente e apropriar de recursos naturais e também
registra a multiplicidade das transformações pelas quais passaram as várias
culturas, hora movida por poderes internos, hora movidos por conseqüência dos
próprios conflitos e até por ambas as situações. A cultura diz respeito à
humanidade como um todo e ao mesmo tempo cada grupo e suas divisões internas.
Entender as variedades culturais ainda causa muita discussão, pois é necessário
compreender que cada uma delas tem sua própria lógica. Só quando entendemos
isso é que conseguiremos compreender as sua práticas, exemplo: Formas de formar
família, habitação, vestuário etc. Nesse texto tenho por objetivo convencer de
que o tema é importante e vale à pena estudar e procurar entender os desdobramentos
e se aprofundar no estudos das culturas internas de uma sociedade refletindo sobre
a nossa própria realidade de domínio e dominação.
No
desenvolvimento dos grupos humanos, mais importante que os recursos naturais é
observar que o destino de cada agrupamento está diretamente ligado as maneiras
de organizar, transformar e superara os conflitos de interesses gerados na vida
social. Várias linhas que foram criadas para tentar mostrar as transformações
sociais não foram bem sucedidas, mas nos fez compreender que existem tendências
gerais e que cada cultura é o resultado de uma história peculiar.
Considerando a linha que organiza as
mudanças sociais como selvageria, barbárie e civilizações, entenderemos o
aparecimento da burguesia na Europa, mas não explicará outras culturas que se
desenvolveram fora dessa linha, muito menos explicará as diversas culturas
internas de uma sociedade.
“Cada
cultura é o resultado de uma história particular, e isso inclui também suas
relações com outras culturas, as quais podem ter características bem
diferentes. Assim, falar, por exemplo, nas etapas humanas da selvageria,
barbárie e civilização pode ajudar a entender o aparecimento da sociedade
burguesa na Europa, mas não é suficiente para dar conta de culturas que por longo
tempo se desenvolveram fora do âmbito dessa civilização.” [Extraído de: Santos,
José Luiz dos O QUE É CULTURA. São
Paulo: Brasiliense, 2003. Pp. 12].
Temos duas teorias sobre a relação entre
as culturas que tentam explicar essas diferenças. Partindo do ponto de vista
Evolucionista veremos que essa linha - selvageria, barbárie e civilizações - explicaria
as mudanças e avanços culturais baseando-se na capacidade de produção e domínio
de tecnologias de cada uma delas, sem julgar se são melhores ou piores. Sendo
assim, se levarmos em consideração essa teoria muito se explicaria sobre o
racismo, exploração e dominação por parte de culturas que se desenvolveram mais
do que outras. Inclusive usam essa teoria pra explicar esse poder de dominação
por parte da cultura Européia. Esse seria um dos pontos negativos dessa forma
de pensar em relação ao desenvolvimento cultural.
Outra forma seria segundo a teoria
Relativista que afirma que só se pode fazer comparação entre culturas se ambas
tiverem o mesmo elemento em seu interior. Valoriza a historia e a lógica de
cada uma delas. Tem como ponto negativo que ela não da conta de explicar as
reais relações culturais e seus conflitos. Não trata das questões de dominação
e poder, acabando por aceitar implicitamente a dominação real, além de que os
próprios fatos da evolução cultural contrariam essa teoria.
Chegamos então à conclusão de que a
visão evolucionista, ainda que com algumas ressalvas, e até mesmo apoiada por
comprovações reais, trata melhor desse assunto no geral e no interior de cada
sociedade, permitindo comparar e não julgar valores. Exemplo: Região Norte e Nordeste
não são piores que Sul e Sudeste, mas devido à baixa produção e tecnologia elas
acabam por serem dominadas por outras regiões diretos e indiretamente. Por fim
mostra a real relação de conflitos e dominação no interior das sociedades, por
exemplo, a Brasileira,
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