sexta-feira, 25 de abril de 2014

Antropologia

As diversas culturas e relações de domínio e poder.

A historia humana sempre foi marcada por contatos e conflitos entre os diferentes modos de se organizar socialmente e apropriar de recursos naturais e também registra a multiplicidade das transformações pelas quais passaram as várias culturas, hora movida por poderes internos, hora movidos por conseqüência dos próprios conflitos e até por ambas as situações. A cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo cada grupo e suas divisões internas. Entender as variedades culturais ainda causa muita discussão, pois é necessário compreender que cada uma delas tem sua própria lógica. Só quando entendemos isso é que conseguiremos compreender as sua práticas, exemplo: Formas de formar família, habitação, vestuário etc. Nesse texto tenho por objetivo convencer de que o tema é importante e vale à pena estudar e procurar entender os desdobramentos e se aprofundar no estudos das culturas internas de uma sociedade refletindo sobre a nossa própria realidade de domínio e dominação.
No desenvolvimento dos grupos humanos, mais importante que os recursos naturais é observar que o destino de cada agrupamento está diretamente ligado as maneiras de organizar, transformar e superara os conflitos de interesses gerados na vida social. Várias linhas que foram criadas para tentar mostrar as transformações sociais não foram bem sucedidas, mas nos fez compreender que existem tendências gerais e que cada cultura é o resultado de uma história peculiar.
Considerando a linha que organiza as mudanças sociais como selvageria, barbárie e civilizações, entenderemos o aparecimento da burguesia na Europa, mas não explicará outras culturas que se desenvolveram fora dessa linha, muito menos explicará as diversas culturas internas de uma sociedade.
          “Cada cultura é o resultado de uma história particular, e isso inclui também suas relações com outras culturas, as quais podem ter características bem diferentes. Assim, falar, por exemplo, nas etapas humanas da selvageria, barbárie e civilização pode ajudar a entender o aparecimento da sociedade burguesa na Europa, mas não é suficiente para dar conta de culturas que por longo tempo se desenvolveram fora do âmbito dessa civilização.” [Extraído de: Santos, José Luiz dos O QUE É CULTURA. São Paulo: Brasiliense, 2003. Pp. 12].
Temos duas teorias sobre a relação entre as culturas que tentam explicar essas diferenças. Partindo do ponto de vista Evolucionista veremos que essa linha - selvageria, barbárie e civilizações - explicaria as mudanças e avanços culturais baseando-se na capacidade de produção e domínio de tecnologias de cada uma delas, sem julgar se são melhores ou piores. Sendo assim, se levarmos em consideração essa teoria muito se explicaria sobre o racismo, exploração e dominação por parte de culturas que se desenvolveram mais do que outras. Inclusive usam essa teoria pra explicar esse poder de dominação por parte da cultura Européia. Esse seria um dos pontos negativos dessa forma de pensar em relação ao desenvolvimento cultural.
Outra forma seria segundo a teoria Relativista que afirma que só se pode fazer comparação entre culturas se ambas tiverem o mesmo elemento em seu interior. Valoriza a historia e a lógica de cada uma delas. Tem como ponto negativo que ela não da conta de explicar as reais relações culturais e seus conflitos. Não trata das questões de dominação e poder, acabando por aceitar implicitamente a dominação real, além de que os próprios fatos da evolução cultural contrariam essa teoria.
Chegamos então à conclusão de que a visão evolucionista, ainda que com algumas ressalvas, e até mesmo apoiada por comprovações reais, trata melhor desse assunto no geral e no interior de cada sociedade, permitindo comparar e não julgar valores. Exemplo: Região Norte e Nordeste não são piores que Sul e Sudeste, mas devido à baixa produção e tecnologia elas acabam por serem dominadas por outras regiões diretos e indiretamente. Por fim mostra a real relação de conflitos e dominação no interior das sociedades, por exemplo, a Brasileira,



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