segunda-feira, 29 de junho de 2015

Termophylae

A verdadeira história dos 300 de Esparta

Estamos no Verão de 480 a. C. e o pequeno exército grego de apenas 300 espartanos e 7000 aliados, comandado pelo rei Leónidas I de Esparta, prepara-se para se defender contra a horda persa de 250 mil homens, comandado por Xerxes I rei da Pérsia, no desfiladeiro de Termophylae ("Portas Quentes"). A batalha que aqui se iria travar tornar-se-ia uma das batalhas mais famosas da Antiguidade em que a ambição desmedida de um homem seria confrontada pela inigualável coragem de um outro.

Seguindo os passos do seu pai, Dário I, Xerxes resolve dar continuação à guerra contra os gregos, guerra essa conhecida como Guerras Médicas. Sedento de vingança pela derrota de seu pai na Batalha de Maratona, Xerxes reúne o seu gigantesco exército de 250 mil homens (segundo Heródoto de Halicarnasso, seriam milhões) e decide invadir a Grécia e torná-la parte do seu império.
Tendo conhecimento deste plano e em especial do gigantesco número do exército persa, as cidades estado gregas reúnem-se para discutir uma aliança, assim, Atenas e Esparta, cidades rivais que lutam pelo controlo da Grécia, tomam a decisão de unir forças e enfrentar juntas a temível força invasora.
Coube a Leónidas I, rei de Esparta, a missão de liderar um pequeno contingente de homens (300 espartanos e 7000 aliados) e tentar deter por tempo suficiente o exército inimigo enquanto as restantes cidades estado reuniam um exército suficientemente grande para defrontar os persas.
O melhor local para esta missão seria o estreito de Termópilas, um local encravado entre as cadeias montanhosas do Eta e do Calídromo e um braço de mar (o golfo de Mália). O seu nome deve-se às duas fontes sulfurosas que aí existiam e, segundo Heródoto, os seus troços eram tão estreitos que só um carro podia passar de cada vez. Este seria o campo de batalha perfeito, pois a enorme vantagem numérica persa ficaria sem efeito e apenas um número reduzido dos seus homens poderia avançar de cada vez para enfrentar os gregos.

Foi aqui que Leónidas montou o seu acampamento e foi aqui que durante 4 dias esperou pacientemente pelos persas que tinham acampado na planície em frente. Xerxes ficou deveras admirado quando os seus batedores lhe informaram que um pequeno contingente de gregos estava acampado nas montanhas e se mostravam descontraídos e relaxados. Finalmente no quinto dia, o rei persa farto de esperar por um confronto decidiu avançar e atacar a pequena força grega. Ordenou aos seus homens, soldados de infantaria ligeira, que investissem contra a posição inimiga, eles assim o fizeram, mas sem a capacidade de flanquear ou cercar o inimigo rapidamente se viram a braços com uma resistência encarniçada composta por soldados de infantaria pesada e altamente especializados na arte da guerra. O resultado foi uma derrota humilhante para os persas naquele primeiro dia. De acordo com Heródoto, Xerxes furioso terá dito "Minhas flechas serão tão numerosas que obscurecerão a luz do Sol", ao que um grego lhe terá respondido "Tanto melhor, combateremos à sombra!".
No segundo dia, Xerxes voltou a ordenar aos seus homens que atacassem a barreira grega, mas uma vez mais voltaram a sofrer pesadas baixas, o rei desapontado mandou avançar a sua guarda de elite, os Immortais, mas nem estes conseguiram fazer frente à táctica grega da Falange e acabaram por ser igualmente derrotados. Porém, um acontecimento que viria a mudar o destino destes corajosos resistentes estava prestes a acontecer, pela calada da noite um grego chamado Ephialtes desertou para o lado persa e em troca de uma boa maquia de dinheiro revelou uma passagem secreta através das montanhas que permitiria cercar os resistentes.
Tendo conhecimento da traição, Leónidas ordenou aos seus aliados que se retirassem, pois no dia seguinte seriam mortos. Dos 7300 apenas 600 ficaram, 300 dos quais eram espartanos, segundo a história Leónidas terá dito aos seus homens "Almocem comigo aqui, e jantem no inferno". O rei não podia partir, fora criado em Esparta e um espartano nunca foge, segundo a sua filosofia, só existem duas maneiras de um espartano regressar a casa, vitorioso empunhando os seu escudo, ou morto em cima dele. No terceiro dia, completamente cercados, os gregos recebem de Xerxes, segundo Heródoto, as seguintes ordens "Entreguem as vossas armas", ao que Leónidas responde "Venham buscá-las!". São as suas últimas palavras.

Xerxes venceu a batalha de Termópilas, mas a moral do seu exército estava abalada, durante aqueles 3 dias os espartanos e seus aliados mataram mais de 20 mil persas e incutiram o medo nos restantes. Quanto ao traidor grego, o seu nome nunca mais foi esquecido e hoje em dia é a palavra grega para "pesadelo". É difícil de imaginar, nos dias de hoje, este tipo de atitude por parte de um homem, Leónidas sabendo que ia morrer preferiu ficar no campo de batalha do que fugir pela calada da noite. Que teriam vocês feito? Teriam feito o mesmo que ele ou teriam fugido para lutar um outro dia? E quanto ao traidor? O que teria acontecido se os gregos nunca tivessem sido traídos? Teria Xerxes retirado? Seria a derrota grega inevitável? Infelizmente nunca o saberemos, apenas sabemos que num Verão há muito distante, 600 homens morreram por aquilo que acreditavam e isso é de louvar. Em 1955 foi erguida uma estátua no local da batalha com os célebres versos de Simónides de Ceos«Digam aos espartanos, estranhos que passam, que aqui, obedientes às suas leis, jazemos.»





Revisitando a História


"Aqueles que não conseguem lembrar o passado, estão condenados a repeti-lo" George Santayana

Cleópatra - O Último Faraó


Estamos a 12 de Agosto de 30 a.C., e na esplendorosa cidade portuária de Alexandria uma mulher desesperada acaba de cometer suicídio. A sua morte foi tão espectacular e fantástica como a sua vida, seus sonhos e desejos nunca foram concretizados, mas o seu nome perdurou até aos nossos dias e a sua vida tornou-se uma lenda. Cleópatra VII do Egipto, a mulher que ousou desafiar a maior potência militar e política da sua época e que tentou a todo o custo preservar a liberdade do seu país e intactos os seus costumes ancestrais. 
Mas o que levou esta mulher tão influente a acabar com a sua própria vida? Porque razão se tornou ela numa das mais poderosas e famosas mulheres da História? Para responder a estas e outras questões teremos que recuar no tempo e conhecer melhor a vida desta cativante mulher.

Cleopatra Thea Philopator nasceu em Janeiro de 69 a.C., filha do faraó Ptolomeu XII e descendente da linhagem ptolomaica que governou o Egipto depois da conquista de Alexandre Magno. Desde muito cedo que manifestou uma grande inteligência e uma aptidão natural para a política e para a administração, razão pela qual iria governar como co-regente ao lado do pai até à morte deste. Em 51 a.C. sobe ao trono ao lado do seu irmão mais novo, Ptolomeu XIII (de apenas 10 anos), com o qual viria a casar. Instigado pelas intrigas provocadas pelos seus dois tutores, Potino e Aquilas, que não aprovavam a regência de Cleópatra e que desejavam governar eles mesmos o Egipto, o jovem rei vira-se contra a sua mulher e força-a a exilar-se na Síria em 48 a.C..
Por acaso fortuito, em Setembro desse ano, chega a Alexandria Pompeu o Grande, que tendo perdido a batalha de Farsalo, procura asilo no Egipto. Ptolomeu XIII, influenciado pelos seus dois tutores, ordena a morte deste na esperança de cair nas boas graças do novo senhor de Roma e do Mundo, Júlio César. Este chega ao Egipto no Inverno de 48 a.C. - 47 a.C. perseguindo o seu rival e fica destroçado ao saber o triste destino do seu genro. Talvez por isso tenha decidido intrometer-se na política egípcia e convoca uma reunião com Ptolomeu, mas na noite anterior ao seu encontro dá-se um acontecimento lendário. Segundo Plutarco, Cleópatra envia um presente a César, um belo tapete, que ao ser desenrolado revelou a própria rainha. Segundo a lenda, Cleópatra terá ficado encantada com o charme de César e com as suas fascinantes histórias amorosas. Tomando o seu partido e tornando-se seu amante, o general romano declara guerra a Ptolomeu XIII, que acaba por morrer afogado. César repõe Cleópatra no trono e escolhe para seu marido o seu outro irmão, Ptolomeu XIV. O Egipto mantém-se assim independente mas sob a protecção de Roma. 

Durante a estadia de César no Egipto nasce o 1º filho de Cleópatra, Ptolomeu XV Caesar mais conhecido por Caesarion, mas este recusou-se a reconhecê-lo como seu herdeiro, nomeando o seu sobrinho Octávio. Entre 46 a.C. - 44 a.C., Cleópatra muda-se para Roma para estar mais perto do seu amante, o seu caso com César é conhecido por toda a sociedade tornando-a numa mulher de reputação dúbia e vítima de boatos e calúnias. Após a morte do seu amante, a rainha é obrigada a abandonar Roma pela calada da noite, pois teme pela sua segurança, e regressa ao Egipto onde Ptolomeu XIV tinha morrido em circunstâncias misteriosas. Caesarion passa por isso a ser o seu co-regente.

Em 42 a.C. é convocada à presença de Marco António, o novo homem forte de Roma, para prestar contas da sua lealdade. Cleópatra chega a Tarso em grande pompa e circunstância causando um profundo espanto e encanto a este homem de origens humildes. Segundo a lenda, a rainha desfaz a sua melhor pérola num copo de vinho para demonstrar seu o poder e riqueza. Uma vez mais um dos homens mais poderosos do mundo sucumbe aos seus encantos e durante o Inverno de 42 a.C. - 41 a.C. que passaram juntos em Alexandria, engravida pela 2ª vez, desta vez de gémeos, Cleópatra Selene e Alexandre Hélios. 
Após 4 anos de ausência, em 37 a.C., António, que se encontrava numa expedição contra os Partos, regressa a Alexandria. Segundo a lenda, casou-se com ela seguindo os antigos rituais egípcios e daqui nasce um outro filho, Ptolomeu Filadelfo. Em 34 a.C., após a conquista da Arménia, António coroou Cleópatra e seus filhos, como reis de grande parte das províncias romanas do Oriente e deu à sua mulher o título de Rainha dos Reis. Estas notícias caíram que nem uma bomba sobre Roma, já não bastava António ter trocado a sua mulher Octávia, irmã de Octávio, por uma mulher de reputação dúbia, mas agora tratava-a como uma grande rainha e quase como uma deusa. O Senado decretou imediatamente, tanto António como Cleópatra como inimigos públicos e declarou-lhes guerra a 31 a.C..
A 2 de Setembro de 31 a.C. dá-se a Batalha Naval de Actium, em que a frota romana comandada por Marcus Vipsanius Agrippa destrói por completo a frota egípcia. A batalha fica marcada pela fuga de Cleópatra, que julgando o seu marido morto decide regressar ao Egipto, António vendo-a partir abandona os seus homens à sua sorte e segue-a.
Um ano depois Octávio invade o Egipto e Cleópatra desesperada decide por termo à sua vida, pois sabe que se não o fizer irá ser arrastada pelas ruas de Roma como um troféu, exibida como um animal e finalmente condenada à morte para gáudio de todos os romanos. Segundo a lenda deixou-se picar no seio por uma víbora.

Com a morte do último faraó, o Egipto perde a sua independência e torna-se finalmente numa província romana. É incrível, esta mulher que segundo todos os dados históricos não era bonita, conseguiu cativar os 2 homens mais poderosos do mundo e governar o seu país com sabedoria e segurança, numa época em que a mulher nada mais era do que uma escrava do seu marido. Mas será que ela os amou de facto? Será que tudo não passou de uma estratégia política para manter a independência do Egipto? Se não se tivesse suicidado, teria conseguido cativar também Octávio?
Nunca o poderemos saber, mas esta mulher que tanto fez pelo bem estar do seu país, merece de facto o seu lugar na História e vem demonstrar que "a beleza está nos olhos de quem a vê".


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Resenha do livro Grande Conflito




Categoria: Religião
Autor: Ellen G. White


Como iniciou-se a degeneração moral e espiritual da primeira igreja a apostatar-se da fé? A escritora Ellen White traça o caminho percorrido pela apóstata Igreja Romana, juntamente com seus crimes e abominaçôes. A perfídia dos "papas" e como eles foram os responsáveis pelos mais sangrentos massacres da história. A Igreja Católica Romana assassinou milhôes de cristãos genuínos, por não adimitirem suas abominações. Toda a história dos reformadores também você encontrará neste livro. João Wiclef, João Huss, Calvino, Martinho Lutero - todos os homens que Deus levantou contra a sanguinária Igreja Católica, tem sua história retratada neste livro. A história de nobres e pobres que foram conduzidos à morte para não negarem a Cristo irá te emocionar. Se você é cristão, este livro é uma leitura obrigatória.

Mascotes do futebol inglês

O futebol inglês trata o marketing esportivo como ninguém no mundo do futebol. Com a remodelação que deu origem à Premier League os clubes e a federação inglesa perceberam que existem outras fontes de renda fora do binômio televisão-bilheteria.

Além das campanhas publicitárias bem elaboradas, excursões para Estados Unidos e Ásia, os ingleses utilizam os mascotes dos times para fidelizar torcedores, independente das idades. Diferente do futebol brasileiro, em que os personagens meramente simbolizam o status do clube – o mosqueteiro corintiano, o saci colorado, além dos vários animais (leões e tigres, sobretudo).

Mas são poucos os que têm identidade própria, como os cachorros (Birita & Biruta) do Botafogo. Aqui, o melhor exemplo é o Tutuba, tubarão do Ferroviário, que incorpora mesmo o torcedor, dando show nos estádios, bem ao estilo do mascotes norte-americanos. O leão Juba, do Fortaleza, desapareceu dos gramados sob o argumento de passar por remodelação. O Ceará possui o Vovô.

Na Inglaterra, todo clube possui um personagem, que estampa camisetas e participa das ações promocionais.Entre os 20 times da Premier League os leões são maioria (Chelsea, Aston Villa e Reading), mas despontam mascotes criativos, como dinossauro, vendedor de bombom, extraterrestres e até gatos negros.

Confira a lista abaixo:

Arsenal – Os “Gunners” (Armados, em inglês) aliaram seu apelido a um simpático dinossauro. Como resultado surgiu o Gunnerssaurus.

Aston Villa – O Aston é uma dos que se inspirou no leão, o deles atende por Hercules.

Chelsea – O clube de Londres celebra sua região no nome do mascote, o leão London Stanford.

Everton – Possui dois mascotes. Changi, um elefante, e o Mr.Toffee, um vendedor de balas, em alusão ao apelido do time de Liverpool.

Fulham – Para mim, o mais inusitado. O mascote do clube que possui até estátua de Michael Jackson é Billie, um texugo (foto ao lado).

Liverpool – Como o símbolo dos Reds é um pássaro, o mascote ganhou o nome de Livebird.

Manchester City – O time possui uma canção oficial, Blue Moon. E os mascotes são Moonchester e Moonbeam, dois bichos esquisitos em forma de lua!

Manchester United – Os Diabos Vermelhos não inventaram muito. São representados pelo diabinho Fred.

Newcastle United – O time do Norte inglês aposta numa gralha, puxando para um corvo, Monty Magpie.

Norwich City – Um pouco de romantismo no futebol com o casal Camilla Canary e Captain Canary.

Queens Park Rangers – Os londrinos do QPR inovaram mesmo com Jude, um gato preto.

Reading – Outro que se vê representado por um leão. No caso,  Kingsley Royal.

Southampton – Os Santos, como são conhecidos, possuem um cão de guarda, o Super Saint.

Stoke City – O clube quer se mostrar de peso na Premier League. Como dentro de campo a cosia está difícil melhor apelar para o hipopótamo Pottermus.

Sunderland – Um gato preto não é suficiente para o Sunderland, que ataca com a dupla Samson e Delilah.

Swansea City – Os galeses levam cisne até no nome. Nada mais apropriado que ter em Cyril, o Cisne, o mascote (foto ao lado).

Tottenham Hotspur – Os londrinos não tinham como inventor. Com um nome tão legal (Espora Quente), escolheram o galo Harry Hotspur para representá-los.

West Bromwich Albion – É outro que aposta num pássaro, Baggie Bird.

West Ham United – O clube fundado por operários tem no mascote Herbie Hammerhead (Cabeça de Martelo) seu companheiro.

Wigan Athletic – Patrocinado por uma empresa esportiva de nome JJB, o clube adotou o garotinho JJ (Jay-Jay).

terça-feira, 16 de junho de 2015

Entenda porque as urnas eletrônicas brasileiras são um lixo.

eletrônicas brasileiras!

Vendida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelo Governo como um sistema seguro, moderno e uma verdadeira referencia para o mundo, as urnas eletrônicas brasileiras não passam de um verdadeiro lixo, utilizado como ferramenta de apoio a corrupção.

A principal referência de informações sobre as segurança nas urnas eletrônicas é o site votoseguro, criado pelo Engenheiro Politécnico Amilcar Brunazo Filho (que há anos, e de forma heroica, luta para alertar a população sobre a fragilidade da urna eletrônica brasileira)
http://votoseguro.org/ (neste site, vc encontrará vasto material e notícias sobre as urnas eletrônicas no Brasil e no mundo)